Primeiro dia no departamento novo
Muito parado... nada do stress que me prometeram e com que ingenuamente me ameaçaram, nada de kilos de trabalho apenas gramas, nada de noitadas depois de um jantar deprimente no restaurante chique-decadente logo mas logo em frente ao escritório.
“Mas isto é mesmo assim, é por picos, aproveita porque daqui a nada estarás a ansiar um dia assim mais paradinho”.
Segundo dia no departamento novo
Será que sou eu?
O que aqui esteve antes de mim proclama para quem o quiser ouvir que nem teve tempo para respirar quando foi a vez dele.
Terceiro dia no departamento novo
Sou eu.
Quarto dia no departamento novo
Mayday.
Ninguém aguenta a minha tromba.
Quinto dia no departamento novo
19:30 (depois de implorar labor o dia inteiro)
“Tenho aqui uma coisa que podes fazer, para amanhã durante o dia. Achas que tens tempo? Eu sei que é muito em cima.”
Talvez tenha. Vou ver nos meus pendentes.
Sexto dia no departamento novo
8:30
Pronta para começar.
Começo.
Continuo, continuo, continuo, até às 18:30, quando o ritmo começa a diminuir (considerar pausa de 40 minutos para almoçar).
Sorrio para todos, desaparece uma nuvem cinzenta, o marido respira de alívio e pensa “Deram-lhe trabalho, graças a Deus.”
Sétimo dia no departamento
10:00 (a lista de pendentes desapareceu, por isso achei que podia)
Cá estamos.
Descobri que vivo para o trabalho, mas só quando ele não existe.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
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