sexta-feira, 30 de março de 2007

Estou mesmo lixada

Estou mesmo lixada por ter sido discriminada em razão do sexo. Razão os gajos têm nenhuma e eu não tenho mérito algum na escolha do meu género.
Isto porque não me atribuíram uma tarefa pelo facto de ser mulher, ou melhor, pelo facto de não ser homem. E a tarefa era de índole meramente intelectual; destituída de necessidade de massa muscular trabalhada, suor e pretensa virilidade. Mais não digo.

Ps. Espero, mais tarde, ter o discernimento alinhado para borrar este poste. Quero mesmo que isso aconteça, por agora é deixá-lo estar.

quinta-feira, 29 de março de 2007

O momento mais espiritual do meu dia/ Invocando o Seu nome em vão

Olhando para um cesto de meias e cuecas que o meu marido nunca vai dobrar: "Oh, meu Deus."

quarta-feira, 28 de março de 2007

Patrocínio oficioso

"Sôtore, o Senhor é estrangeiro, se calhar precisa de um tradutor."

(mais alto porque assim talvez perceba)

- PRE-CI-SA DE UM TRA-DU-TOR? PER-CE-BE POR-TU-GUÊS?

-Ah, e tal, um bócadinho, más male.

- E FRAN-CÊS? (O senhor era do Senegal)

- Cómó portugués.

- Então fala o quê?

- Walabi (juro!)

- Levas com um português e um francês e 'tás com sorte.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Assolou-me

Assolou-me esta dúvida quando fui à casa-de-banho do escritório no outro dia (ao compartimento com a retrete; não gosto daqueles urinóis porque i) a lei da gravidade não recomenda que o xixi seja projectado de baixo para cima e ii) tendo em conta o mencionado em i), tenho de me pôr em bicos dos pés):

Para trancar a porta, giro a chave uma ou duas vezes?

Qual o sentido de se rodar a chave duas vezes (e não digo apenas na casa-de-banho do escritório, mas aí a questão coloca-se com mais premência)?

É a opção entre ficar seguro que ninguém entra e ficar seguríssimo que ninguém entra?

Dou de barato que, ao dar-se duas voltas à chave, o trinco entra mais na porta, tornando-se mais difícil arrombá-la.

Mas alguém precisa de ficar seguríssimo na casa-de-banho? Há medo que ela possa ser arrombada mais facilmente? Nem que se estivesse a fazer o inconfessável, a segunda volta de nada adianta, é esta a minha tese e por ela não me importava de morrer queimado na fogueira.

E não inventaram já fechaduras nas quais basta girar a chave apenas uma vez que é logo inserido o fecho todo na porta, evitando-se destarte o dilema?

Sei que não me estão gratos por vos alertar para aquilo que me assola.

INGRATOS!! Desse-se mais atenção aos caprichos das peças mobiliárias ou aos pequenos incidentes domésticos e hoje ninguém estaria a debater resultados de concursos estapafúrdios.

Fora de gozo

Quero que fique escrito; que repugno veementemente Salazar ter sido eleito o melhor português de todos os tempos. Por isto, e somente nesta situação, defendo a manipulação de resultados e questiono o nome que dão à democracia.
Desconsidero Salazar até às suas entranhas e prestações mais públicas e assexuadas.
Tenho asco ao que foi fez do meu País, das minhas pessoas, dos meus escritores, poetas, músicos, intelectuais, jornalistas, pobres, estudantes, investidores estrangeiros, cientistas, manifestações de Amor, de humanidade e de alegria. Tenho nojo das balas da sua polícia, dos silêncios forçados, da criatividade reprimida, dos músculos contidos, das vergonhas inventadas e de umas finanças espartilhadas, que aparentam melhoras, para os mais superficiais, mas que estiveram apenas sedadas durante 48 anos.
Tenho náuseas desse homem.

Misery loves company

Depois de saber quem foi o feliz contemplado nos Estados Unidos, de repente o Salazar já não parece assim tão mau.

Salazar foi eleito o maior português de sempre (RTP "Os Grandes Portugueses")

1. António de Oliveira Salazar
2. Álvaro Cunhal
3. Arsitides de Sousa Mendes
4. D. Afonso Henriques
5. Luís Vaz de Camões

Em França foi eleito Charles De Gaulle, em Inglaterra Winston Churchill e nos Estados Unidos Ronald Reagan.

sexta-feira, 23 de março de 2007

As if


"As if a woman ever loved a man for his virtue"

Presumo

Que o post abaixo da ACRM pretenda avisar-nos para não ir ao Maxime hoje e amanhã.

Concerto de José Cid

José Cid actua hoje e amanhã no Cabaret Maxime.

Final de "Os Grandes Portugueses" é domingo

António de Oliveira Salazar tem uma vantagem considerável em termos de votação!!

quinta-feira, 22 de março de 2007

A ler:


Fui ver:

Para bem de uma certa ordem natural das coisas, os vencedores são tidos como moralmente superiores, pelo menos até serem vencidos.


Para bem de uma certa ordem natural das coisas, há que quebrá-la de vez em quando.


Em boa hora o fizeram Chang, Halliday e Kanon.

quarta-feira, 21 de março de 2007

A minha Prima Vera

O valor do vento

Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras
e só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto

Ruy Belo
"O Valor do Vento", Inverno, in Homem de Palavra[s]

Ps. para aqueles a quem a poesia dá micro-movimentos ou mesmo a apatia absoluta, que se danem, hoje também é dia de poesia e de primavera; as minhas estações preferidas.

Rui Verde regressa como presidente da Sides

Por decisão do Tribunal de Comércio de Lisboa.

«Na sequência da decisão judicial, a anterior direcção, encabeçada pelo vice-reitor Rui Verde, "entrou na universidade com a polícia, retomou o controlo" da instituição e suspendeu, com efeitos imediatos, o reitor Luís Arouca, adiantou à Lusa DHO, advogado da Sides.»

Descansada?!

ISAP hoje podes, é o dia mundial da poesia...

terça-feira, 20 de março de 2007

Estou a precisar disto

Projecto ambicioso, elencar 10 profissões piores que a de advogado:

1 - Empregada de limpeza do Cine-Bolso;
2 - Inseminador artificial de elefantes;
3 - Homem-bomba;
4 - Segurança num estádio, daqueles que se sentam de costas para o jogo;
5 - Urologista-geriatra (a especialidade provavelmente não existe, mas a ideia de toques rectais em idosos é sugestiva);
6 - Condutor de autocarro em Bassorah;
7 - Agente do Melão (o cantor);
8 - Sei lá, porra, só quero chegar à punch line na 10ª;
9 - Forcado free-lancer (imagino-o como uma pessoa que vê um touro num descampado e decide ir-lhe à fuça);
10 - Advogado estagiário.

A Sagração da Primavera


segunda-feira, 19 de março de 2007

Bendito sejas, ó meu imposto

Quero anunciar, no silêncio forçado do TALC, que temos uma tostadeira estagiária na cozinha luminosa e bem apetrechada do 3.º, comprada a expensas do próprio.

Perguntava-me como vai gerir o rapaz este rombo no orçamento mensal. Resposta: mete no IVA.

Tempo mulherio

Será que o clima é mulher? Assim, temperamental, inadiável e cheio de si.

Mulher casa com cadáver

«Na India, a morte de um noivo que faleceu num acidente a caminho do seu casamento não foi motivo suficiente para acabar com a cerimónia. Desesperada, a noiva, Tulsi Devipujak, ordenou que sentassem o corpo do noivo numa cadeira, no altar, e casou-se.»


Porquê?!

Hoje assinalam-se...

O dia do pai e o dia nacional dos alcoólicos anónimos.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Sorry (is all that you can say)

De quando em quando, altos dignitários de Estados, vozes representativas de religiões ou credos e outros madraços vêm a público pedir desculpa por erros cometidos no passado.

O mais recente caso que me chamou a atenção, para além do David Navarro - abre parêntesis o jogador do Valência que tentou tirar uma pestana de cima do nariz de um jogador do Inter à bolachada e que pelo facto pediu desculpa -abre outro parêntesis mas não se livrou de uma suspensão de 7 meses -abre mais outro parêntesis já era tempo de se falar de bola neste blog -fecha três parêntesis - foi o Estado norte-americano da Virgínia que lamentou o seu passado esclavagista, exprimindo um " profundo pesar" pelo seu papel no comércio dos escravos.

O(s) Papa(s) são pródigos em pedir desculpas pelos pecados dos Católicos Romanos: Inquisição, conversões forçadas, queima de bruxas, desculpa lá ó Galileu afinal tinhas razão, cruzadas, o cisma do Oriente, atitude passiva em guerras e com regimes ditatoriais, etc.

Se bem que a questão seja interessante - até quando, se é que se, as gerações actuais são responsáveis pelos erros das gerações passadas; se o facto de a geração presente continuar a usufruir de riqueza que lhe advém de práticas iníquas dos antepassados deve conduzir a uma redistribuição forçada da riqueza pelos que ilegitimamente foram espoliados; se dizer desculpa adianta alguma coisa (ao nariz do Burdisso, o tal jogador do Inter, duvido) - é óbvio que o tema é meramente um pretexto para o que realmente aqui me traz:

Na sequência deste post da ACRM, senti que devia pedir desculpa a todos os que partilharam o sétimo andar comigo por toda a merda que fiz naquela casa-de-banho, sendo certo que era a única e que por vezes, meus companheiros, tiveram de lá ir uns poucos (ó se eram poucos!) segundos depois de mim.

Se preferirem, em vez do pedido de desculpas, uma frase catchy:

"The past is never dead. It's not even past." Dos Silence Four ou do William Faulkner.


quarta-feira, 14 de março de 2007

No novo posto

Em frente a Braamcamp e a esquina com a Duque de Palmela. Percebo se o dia está soalheiro (e está) ou nublado, não mais a indiferenciação do saguão. A vizinhança decaiu substancialmente, mas para nós os estetas, a situação melhorou muito. E convenhamos, a senhorita, calada, não é uma figura de todo desagradável.

Obrigada...


Não podia deixar de vos agradecer, ex-sétimo! Pelos momentos pacatos e de stress. Pelos bolinhos do 7º, pelas jolas das sextas, pelos almoços e pelos jantares. Por tudo e por nada!


Pela amizade da MDUS e da ISAP que me aturam sempre com um grande sorriso.

Pelos caldos do TALC que sempre me ouviu cumplice e bem disposto.

Pela ajuda e companhia do FBOS.

Pelas piadas (in)convenientes e bem dispostas do FLUF.

Pelo companheirismo da SSAS e do TMAF.


Gosto de vocês...

(Tenho coisas para fazer mas enquanto se mantiver a confidencialidade deste blog, prosseguirei)

Um grande beijinho de Parabéns à Filipa, figura agregadora de todos os feitios do ex-sétimo, e até da senhora dona dos direitos de autor do "que satice". Merece um abraço virtual e um abraço de braços bem abertos com o coração acoplado.

Era a tasca do Zé

A tasca do Zé merece um elogio fúnebre. Agora que fechou, por ordens expressas da ASAE - a Barbie viu tudo! - mesmo aqueles que se recusaram a experimentar a sua canja diária maravilha, sabem que a tasca do Zé desempenhou uma função importante nos almoços forçados de sandes gordurosas no elevador em 3 minutos a correr contra um prazo peremptório, nos almoços à pobre, nos pacotes de pastilha trident. Bem sei que o Zé era muitas vezes intragável, especialmente na maneira como falava com a senhora pequenitates/ frenética, que tinha um horário ininterrupto das 7h às 22h. No entanto, a tasca do Zé foi o poiso dos senhores beberolas das obras que ajudaram a criar este edíficio. Por isso, devemos, ao Zé, tanto de nós. Um só obrigada, Zé.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Colecta para um piaçaba

Palavra de fonética detestável e função humilhante e menor, este objecto nas novas instalações não deixa de ser também hilariante. Um tubo metálico opaco com a ponta curva, ao qual se atarracha um pequeno cilindro de cartão cuja própria ponta se afigura a um pequeno repolho. Ao dizer das imagens explicativas daquele risível objecto, o mesmo em interacção com a água funciona. Mas quem é que quer experimentar?

Almoços grátis

De nada vale a poesia quando a distância marca os corpos. Separaram-nos, como tantas e tantas vezes defendemos. Agora na nossa ausência resta-nos este espaço de escrita e a primavera com os passarinhos a chilrear compensando os nossos silêncios. Um grande bem-haja.
Ps. Aposto que vamos ter visitas do Boss. Atentemos em tal. Ps2. Não vou ceder a almoços a dividir as despesas por todos; isto, de estarmos distantes, não é assim tão tão sério.

terça-feira, 6 de março de 2007

Parabéns!






Passada uma semana desde que aqui me estreei, seria de esperar que, por esta altura, já alguma coisa tivesse mudado. Uma colectânea dos meus melhores posts publicada, entrevistas com a Bárbara Guimarães, o tipo de kispo que visto a começar a vender em barda, eu sei lá... Mas não.

Sendo assim, acho que me resta concentrar naquilo a que verdadeiramente tenho jeito. Só me falta descobrir que coisa é essa.

"Tu és carne para esta gente"

?!?

segunda-feira, 5 de março de 2007

Hoje no Público: "A falta de sono pode afectar a capacidade de julgamento moral. (...) A duração de um bom período de sono diário é, segundo os especialistas, de oito horas, de preferência, no período nocturno." Assustam-me as minhas olheiras.

Tóxico

É mais tóxico o ar que se respira aqui, no andarzinho do número perfeito, do que as piadas que certas e determinadas pessoas aqui, no mesmo sítio, já proferiram. Acho que se trata de uma forma forçada de diminuição do quadro de pessoal porque no "do lado" não há espaço para todos.

sexta-feira, 2 de março de 2007

"Sua Badalhoca"

«A Arguida e a Ofendida conhecem-se desde […] e, embora as suas relações nunca tenham ido além dos meros cumprimentos coloquiais impostos pelas mais elementares regras da boa educação, nunca existiu entre as duas qualquer animosidade, revelando ambas sempre uma atitude cordial e amistosa

"Não"

Todos os dias o jovem e moderno casal habitante na baixa atravessa – na passadeira e após esperar que caia o verde para os peões, ainda que naquele exacto momento não estejam carros a passar, porque somos modernos e civilizados como lá fora – a Rua da Prata, a Rua Augusta e a Rua do Crucifixo em direcção à estação do metro que os leva ao trabalho (porque o carro não só está completamente fora como não convém tirá-lo daquele lugar que seguramente estará ocupado na volta, tudo parte do encanto de viver na Baixa).
Naquele dia de sol são abordados por um indivíduo de figura eslava, entre o Silas do Código da Vinci e aquele senhor que agora faz de James Bond, integralmente vestido de preto, que pergunta desconcertantemente, com um forte sotaque inidentificável “Falam português?”. Estupefactos, replicam “Sim”. “Acreditam em amor à primeira vista?”. Responde ele primeiro “Não”. A única resposta possível que lhe resta é vociferada com a voz ainda rouca da manhã.

Casual Friday


Preciso de um bom motivo para não existir, nesta instituição, com as condições de trabalho proporcionadas, casual friday...
O artigo "elegante em qualquer idade" afirma que entre os vinte e os trinta anos o visual deve ser descontraído, leia-se jeans!
Eu estou dentro desta idade!

Numa banda...




... safam-se sempre o vocalista e o guitarrista.

Este tipo safou-se.

quinta-feira, 1 de março de 2007

untitled

Nunca consegui proteger-me da revelação nem tampouco presto para muito a guardar segredos. Acho que é a minha incapacidade de comunicar que permite que tenha alguma réstea de privacidade.

Coisas de estagiário

Três juizes declararam-me incompetente e eu não me importei.