domingo, 6 de maio de 2007

Achamento de tesouro

Não raras vezes durante as aulas de Direitos Reais pensei que o que ali aprendíamos apenas serviria para material de comédia. Éramos meninos da cidade no despontar do século xxi e estávamos a aprender o que fazer com animais ferozes e maléficos evadidos da sua clausura, o que acontecia se a corrente de um leito mudasse de direcção e a quem pertencia a maçã que caísse de uma árvore de um tipo e rolasse para o terreno do vizinho. Porra, pensava eu, ensinem isto aos gajos da GNR que têm de lidar com o Portugal em que ainda se espeta uma enxada na barriga do vizinho por uma questão de águas ou marcos.
Eis senão quando surge a bofetada de luva branca do Professor Pinto Duarte.
Tenho um exame de abelhas colado à parede do meu prédio aqui em Lisboa e ninguém sabe o que fazer. Estou-me só a vestir para ir ali a baixo resolver o assunto e dizer aos bombeiros (que já devem estar prestes a mandar uma mangueirada no enxame ou outra paródia parecida) que se o proprietário da colmeia não perseguir o enxame logo que saiba terem as abelhas enxameado, ou se decorrerem dois dias sem que o enxame tenha sido capturado, pode ocupá-lo o proprietário do prédio onde ele se encontre ou consentir que outrem o ocupe (presumo que seja preciso uma deliberação do condomínio mas ainda vou procurar jurisprudência sobre o assunto).


P.S. Senhores do grupo PT, se eu descubro que esta merda tem que ver com as radiações das antenas de telemóvel espalhadas por todo o lado vendo as minhas acções vocês sabem a quem (sim, rima com tó nai)

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