quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Cenas no Office

Quem está na base da cadeira remuneratória discute despudoradamente vencimentos.

No nível 1 todos ganham o mesmo, não existem riscos de o colega do lado ganhar mais, portanto podemos bradar para quem quiser ouvir quanto escrevinhamos no recibo verde todos os meses.

Acontece, ainda, e muito à portuguesa, discutir quanto ganham os colegas do nível 1 na concorrência. Ao fim de algum tempo convencemo-nos da miserabilidade da nossa situação e que claramente há que mudar de vida e montar o nosso próprio negócio. Afinal, chegar a sócio é o que todos queremos.

Ideias em cima da mesa (por ordem crescente da confiança que depositámos em cada uma delas):

1 – Vender o seguinte serviço: ir a casa das pessoas todos os dias verificar se todas as luzes ficaram apagadas, o gás desligado, as torneiras fechadas, a porta trancada, entre outros. Pouparíamos muita angústia a muitos mortais que, para tanto, estariam dispostos a desembolsar uma nota.

2 – Abrir uma escola de Ioga (parece-me não carecer de mais explicações).

3 – Vender o seguinte serviço: “Fazemos sala com a sua família”. É tempo de ir visitar os pais/avós/outros e não tem tempo/disponibilidade e/ou paciência? Fazemos por quem precisa. Os serviços podem incluir a mera presença ou o prosseguir de conversas de ordem corriqueira e/ou técnica (com um custo acrescido).

4 – Aproveitar a ideia de um colega que, para vergonha da sua raça, optou por rendimentos outros que não os de categoria B e abrir um negócio de ninjas que fazem, basicamente, qualquer coisa.

Mas a ideia vencedora, é tema para postagem própria.

1 comentário:

Convosco vou... disse...

... ... ... não, não vou comentar a sociedade ... ... ... não vale a pena ... ... ...